Não tem jeito. Quando as temperaturas começam a cair, a gripe vai chegando sem dó e pega todo mundo, inclusive as crianças. Para ajudar você a proteger seu filho, a reconhecer os sintomas e a cuidar dele, caso o vírus já tenha atacado, reunimos aqui as principais informações sobre o assunto. Confira!
O que é a gripe?
A gripe é uma infecção dos pulmões e das vias aéreas. É provocada pelo vírus influenza, transmitido pelas gotículas da tosse ou do espirro da pessoa infectada.
Os sintomas da gripe
No início, são mais brandos, como garganta irritada, tosse seca e congestão nasal. Depois, pode surgir febre alta e muita dor no corpo. Conforme a tosse se intensifica, começa a expectoração. A maioria dos sintomas diminui em cerca de três ou cinco dias.
Gripe: como tratar
Além do repouso (evitando esforço físico), é fundamental que a criança esteja sempre bem hidratada. Por isso, ofereça muito líquido (água, sucos naturais, água de coco). Para baixar a febre e aliviar as dores, o pediatra pode indicar medicamentos específicos, bem como descongestionante nasal se ele julgar necessário.
A gripe H1N1 é mais grave?
Não. Gripe é toda infecção causada pelos vírus chamados influenza. H1N1 é um deles, e faz parte do tipo A. A única diferença é que os jovens, que não fazem parte do grupo de risco para a gripe comum, ficam mais suscetíveis a complicações por esse vírus. Vale esclarecer que crianças com menos de 2 anos (especialmente as menores de 6 meses), gestantes, idosos, pessoas com doenças crônicas e as que recebem quimioterapia já são tradicionalmente consideradas do grupo de risco para a gripe comum, bem como para o H1N1. Isso não quer dizer, no entanto, que terão complicações mais graves só porque foram infectadas por esse vírus especificamente. O que acontece é que o H1N1, assim como os demais vírus inluenza, sofre mutações constantemente e pode combinar-se com outros vírus. Em 2009, ele se juntou a um vírus que circulava entre os porcos e foi isso que gerou a pandemica de gripe suína. Como esse vírus era até então penas entre os animais, os seres humanos não tinham a menor imunidade. Isso explica a gravidade da crise.
Tamiflu
O Tamiflu é uma das únicas drogas capazes de atuar contra o vírus influenza, causador de gripes como a H1N1, mas os médicos e autoridades de saúde alertam: não deve ser usada sem indicação. O uso sem critérios pode induzir à resistência do vírus, ou seja, o influenza pode se modificar e passar a ser mais resistente aos efeitos do Tamiflu. Também foi destacado que cerca de 90% dos casos de gripe evoluem para a cura espontânea, ou seja, sem medicamentos.
Prevenção
A vacinação contra a influenza é a melhor forma de se proteger. Ela pode ser oferecida a partir dos 6 meses, e é gratuita na rede pública para crianças até 5 anos. Vale lembrar que, como o vírus se modifica anualmente, o mesmo ocorre com a vacina. Portanto, a imunização deve ser repetida todo ano.
A alimentação pode ajudar na imunidade contra a gripe
Além da vacina, um reforço com alguns tipos de alimentos na dieta pode ajudar a prevenir a gripe. “A alimentação é a base para a prevenção de muitas doenças. A combinação de alimentos adequada tem o poder de deixar uma pessoa saudável e com boa imunidade para ter mais resistência a gripes e tantas outras doenças”, diz Liliane Opperman, nutróloga, especialista pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Gripe, resfriado ou alergia?
Não confunda: gripe e resfriado são doenças diferentes. Os sintomas, por mais parecidos que sejam, são mais fortes na gripe. O resfriado comum pode ser causado por vários vírus, sendo os mais frequentes o rinovírus e o adenovírus – e não há vacina para eles. Já as alergias respiratórias são respostas do organismo a substâncias consideradas alérgenas- muitas vezes se confundem por apresentarem quatro dos principais sintomas de gripes e resfriados: coriza, espirros, prurido (mais ralo e incolor, ao contrário do produzido em casos de gripes e resfriados, mais amarelados ou esverdeados) e obstrução nasal. Ao contrário de gripes e resfriados, são causadas pelo contato direto com a substância que causa a irritação e não causam febre e mal-estar generalizado.
Complicação
Uma das complicações mais frequentes associadas à gripe é a pneumonia. Isso acontece porque, quando o corpo está infectado pelo vírus influenza, os mecanismos de defesa ficam debilitados, de forma que o organismo se torna mais suscetível a infecções secundárias – daí a importância da vacinação. A pneumonia pode ser viral (quando o próprio vírus da gripe se dissemina nos pulmões) ou bacteriana (quando bactérias, como os pneumococos, se aproveitam da fragilidade do organismo para se multiplicar).